sexta-feira, 29 de julho de 2011

Principais unidades de relevo

Ao longo dos séculos o relevo brasileiro já recebeu várias subdivisões, porém existem tres mais importantes as quais vamos estudar conhecer.
 
A primeira delas foi elaborada pelo professor Aroldo de Azevedo em 1940, que dividiu o território brasileiro em 8 unidades de relevo: 4 planatos e 4 planícies. Ná década de 60, essa divisão foi reelaborada pelo professor Aziz Ab’Saber, assim o território brasileiro ficou dividido em 10 unidades de relevo: 7 planaltos e 3 planícies. 

Atuação das massas de ar

Massa de ar é uma parcela extensa e espessa da atmosfera, com milhares de quilômetros quadrados de extensão, que apresenta características próprias de pressãotemperatura e umidade, determinadas pela região na qual se origina. Devido às diferenças de pressão, as massas de ar que compõem a atmosfera estão em constante movimento.As massas de ar deslocam-se, primariamente, de regiões onde a pressão atmosférica é maior para regiões onde a pressão é menor. No entanto, as massas de ar podem se deslocar devido a diferenças de temperatura (que também causam diferenças de pressão) e também pela circulação atmosférica dominante na região (de efeitos globais).
Uma massa de ar pode ser entendida como uma grande porção da atmosfera que se desloca sobre a superfície terrestre carregando parte das características da região onde se originara, como a temperatura e a umidade. Existem grandes extensões da superfície terrestre que têm características semelhantes, como, por exemplo, as regiões polares, desérticas, as vastidões marítimas quentes ou frias, etc. Desde que o ar permaneça estacionário durante muito tempo sobre essas superfícies, ocorre a formação de massas de ar influenciadas pelas características da superfície contato. Por exemplo, as massas de ar oceânicas são úmidas e as continentais geralmente são secas. Podemos concluir então que as diferenças nas incidências dos raios solares na superfície da Terra são responsáveis pela formação das massas de ar.

Bacias Sedimentares


Bacias sedimentares

São depressões relativas, ou seja, planos mais baixos encontrados nos escudos, preenchidos por detritos ou sedimentos das áreas próximas. Esse processo de deposição sedimentar deu-se nas eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica e ocorre ainda hoje.
As ocorrências de combustíveis fósseis como o petróleo, o carvão e o gás natural estão associadas às áreas de bacias sedimentares.
No Brasil, correspondem a 64% do território nacional, constituindo grandes bacias, como a Amazônica, a do Meio-Norte, a do Paraná, a São-Franciscana e a do Pantanal Mato Grossense, ou pequenas bacias, geralmente alojadas em compartimentos de planaltos, como as de Curitiba, do Recôncavo Baiano, de Taubaté, de Resende e de São Paulo.

Escudos antigos ou Maciços cristalinos


Escudos antigos ou maciços cristalinos

São blocos imensos de rochas muito antigas, as primeiras que apareceram na crosta terrestre. Constituídos de rochas cristalinas, do tipo magmático-plutônicas, formadas em eras pré-cambrianas, ou de rochas metamórficas, originadas de material sedimentar do Paleozóico, são extensões resistentes, estáveis, bastante desgastadas e geralmente associadas à ocorrência de minerais metálicos.
No Brasil, correspondem a cerca de 36% da área total de seu território e são divididos em duas grandes porções: o escudo das Guianas, ao norte da planície Amazônica, e o escudo Brasileiro, na parte centro-oriental do país, cuja grande extensão permite dividí-lo em seis escudos e núcleos: Sul-Amazônico, Atlântico, Araguaia-Tocantins, Sul-Rio Grandense, Gurupi e Bolívio-Mato Grossense.

Estrutura Geológica do Brasil

geologia do Brasil, juntamente com a região das Guianas, distingue-se nitidamente da do resto da América do Sul pela simples observação do mapa geológico com o território do continente. Na região ocidental situam-se os Andes, que sobressaem como se fossem sua coluna vertebral, formando as cadeias montanhosas mais elevadas da América do Sul.
Larga faixa adjacente aos Andes, no lado oriental, comportou-se, em geral, como área subsidente no Cenozóico e atualmente está coberta por depósitos quaternários, estendendo-se em planícies baixas e contínuas com diversos nomes geográficos (Pampas, Chaco, Beni, Llanos).
Ocorrem pequenas áreas de rochas pré-cambrianas distribuídas ao longo do geossinclíneo Andino (restos do embasamento trazidos à superfície pelos dobramentos e falhas) e outras dispostas transversalmente ao eixo da grande cadeia. No mais, somente afloram  rochas paleozóicas, mesozóicas e cenozóicas, na região andina e na faixa oriental adjacente.

Mapa de Ab'saber


Relevo do Brasil é um domínio de estudos e conhecimentos sobre todos os planaltos e planícies do território brasileiro. 
O Brasil é um país de altitudes modestas. Cerca de 40% do seu território encontra-se abaixo de 200 m de altitude, 45% entre 200 e 600 m, e 12%, entre 600 e 900 m.] O Brasil não apresenta grandes formações montanhosas, pois não existe nenhum dobramento moderno em seu território.
Tradicionalmente, o relevo do Brasil é dividido de acordo com a classificação de Ab'Saber, respeitado geógrafo paulista, pioneiro na identificação dos grandes domínios morfoclimáticos nacionais. Sua classificação identifica dois grandes tipos de unidades de relevo no território brasileiro: planaltos e planícies.
Mais recentemente, com os levantamentos detalhados sobre as características geológicas,geomorfólogicas, de solo, de hidrografia e vegetação do país, foi possível conhecer mais profundamente o relevo brasileiro e chegar a uma classificação mais detalhada, proposta, em 1989, pelo conceituado professor Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo. Na classificação de Ross, são consideradas três principais formas de relevo: planaltos, planícies e depressões.

Tipos climáticos do Brasil

Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar.
Clima Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida
Clima Semi-árido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase todo o ano.
Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais.
Clima Tropical: temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
Clima Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperatura médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno.
Clima Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas.

Tipos de chuvas


Há dois tipos básicos de precipitação: estratiformes e convectivas.
As precipitações podem estar associadas a diferentes fenômenos atmosféricos sob diferentes escalas de desenvolvimento temporal e espacial. Por exemplo:
  • Chuvas frontais são causadas pelo encontro de uma massa fria (e seca) com outra quente (e úmida), típicas das latitudes médias, como as de inverno no Brasil Meridional que caminham desde o Sul (Argentina) e se dissipam no caminho podendo , eventualmente, chegar até o estado da Bahia. Por ser mais pesado, o ar frio faz o ar quente subir na atmosfera. Com a subida da massa de ar quente e úmida, há um resfriamento da mesma que condensa e forma a precipitação.
  • Chuvas de convecção ou convectivas são também chamadas de chuvas de verão na região Sudeste do Brasil e são provocadas pela intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas (como florestas, cidades e oceanos tropicais). O ar ascende em parcelas de ar que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. Precipitação convectiva é comum no verão brasileiro, na Floresta Amazônica e no Centro Oeste. Na região Sudeste, particularmente sobre a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) também ocorrem tempestades convectivas associadas a entrada de brisa marítima ao final da tarde com graves consequências sobre as centenas de áreas de risco ambiental. Estas chuvas também são conhecidas popularmente como pancadas de chuvaaguaceiros ou torós.
  • Chuvas orográficas (ou Estacional) são também chamadas de chuvas de serra, ou ainda, chuvas de relevo e ocorrem quando os ventos úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar. São comuns nos litorais paranaense,catarinense e paulista e em todo o litoral brasileiro na Serra do Mar. Esse tipo de precipitação pode estar associada a presença do efeito Föhn, que condiciona a existência de áreas mais secas a sotavento dessas barreiras.
As maiores precipitações registradas na região sudeste ocorreram em fevereiro de 1966 quando durante um tórrido verão se juntaram uma frente fria com as precipitações convectivas e na Serra do Mar as chuvas orográficas, ocasionando grandes desastres sobretudo no eixo Rio-São Paulo.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Relevo Geográfico Brasileiro

O Relevo do Brasil é um domínio de estudos e conhecimentos sobre todos os planaltos e planícies do território brasileiro.
O Brasil é um país de altitudes modestas. Cerca de 40% do seu território encontra-se abaixo de 200 m de altitude, 45% entre 200 e 600 m, e 12%, entre 600 e 900 m.[carece de fontes?] O Brasil não apresenta grandes formações montanhosas, pois não existe nenhum dobramento moderno em seu território.
Tradicionalmente, o relevo do Brasil é dividido de acordo com a classificação de Ab'Saber, respeitado geógrafo paulista, pioneiro na identificação dos grandes domínios morfoclimáticos nacionais. Sua classificação identifica dois grandes tipos de unidades de relevo no território brasileiro: planaltos e planícies.
Mais recentemente, com os levantamentos detalhados sobre as características geológicas, geomorfólogicas, de solo, de hidrografia e vegetação do país, foi possível conhecer mais profundamente o relevo brasileiro e chegar a uma classificação mais detalhada, proposta, em 1989, pelo conceituado professor Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo. Na classificação de Ross, são consideradas três principais formas de relevo: planaltos, planícies e depressões.
As duas subseções seguintes detalham ambas as classificações.